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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 25 de março de 2008

Dengue - cidades na divisa com o RJ em alerta

Por Michele Pacheco

O departamento de Epidemiologia da Secretaria de Saúde, Saneamento e Desenvolvimento Ambiental de Juiz de Fora começou hoje um trabalho educativo com quem chega do Rio de Janeiro ou está de partida para o estado vizinho. A proximidade do município com o Rio é motivo de preocupação. O número de mortes no estado fluminense chegou a 49 nessa terça-feira e o índice de infestação só aumenta por lá.

As cidades mineiras que ficam na divisa com o RJ estão em alerta e reforçando o trabalho preventivo que já vinha sendo feito. Em Juiz de Fora, os motoristas receberam panfletos com orientação sobre os sintomas da doença e as formas de prevenção. Quem chegava do estado do Rio contava casos de amigos e parentes infectados e falava do medo de contágio. Todos foram unânimes ao dizer que aprovam a prevenção. A distribuição de panfletos vai ser feita também na rodoviária. Segundo a chefe do departamento de Epidemiologia, desde novembro do ano passado o município já contratou 46 agentes para reforçar a luta contra a dengue. Hoje, 109 pessoas trabalham direto na prevenção. Em 2007, a cidade teve 317 casos confirmados. Em 2008, são 35 confirmações. Desse total, 15 casos são de contágio no próprio município.

Outras cidades da região também estão em alerta.
O jornalista Silvan Alves, de Muriaé, escreveu no blog dele (http://www.silvanalves.blogspot.com/):

"Só os rumores que chegam do Rio de Janeiro com relação a infestação da dengue naquela cidade, já são o suficiente para assustar também os muriaeenses.
Em contato com a direção da FUNASA - Fundação Nacional de Saúde, de Muriaé, fomos informados que no momento os agentes fazem pesquisas em bairros para detectar o percentual de focos em cada um deles.De acordo com o relatório passado ao BLOG pelo supervisor da Funasa, Paulo Roberto Gonçalves, até a 11ª semana de 2008, Muriaé estava com 32 casos notificados e nenhum confirmado. Agora veja por bairro o número de focos localizados. No Santa Helena foi localizado 1 foco do mosquito da dengue; na região do Porto 06; Armação 04; Aeroproto 08; Santana 1; Inconfiedencia II 01; Rosário 01; São Cristóvão 01; São Joaquim 03; Barra 03; São Pedro 01; Planalto 01; Inconfidência 01 e Centro 01. Um total de 33 focos em 3.882 imóveis pesquisados, o que representou 0,85%, indice toleravel pelo Ministério da Saúde. Os focos estavam em latas, tambores, bueiros, tanques pneus, vasos de plantas, caixas d´água, sacolas, flores e piscina. Para incentivar o cuidado nos quintais, a FUNASA e seus parceiros sortearam recentemente uma moto zero para aquele morador que estava em dia com a limpeza. Os vizinhos foram presenteados com um aparelho de DVD. Desta vez o ganhador foi um morador da rua Jorge Tannuz, na Barra."

De acordo com a Secretaria de Saúde de MG, em 2008, Além Paraíba já teve 288 casos notificados. Cataguases teve 113 notificações e Juiz de Fora 85. Leopoldina é outra cidade que exige cuidados. Em 2006, ela teve 604 casos notificados. Em 2007, o número subiu para 2.079. E só nos três primeiros meses de 2008 já foram 462 notificações. Ubá é outro município com histórico de dengue e mortes pela doença. Em 2006, foram 625 casos notificados. Em 2007, o índice subiu para 1.707 e, em 2008, já chega a 195.

Medidas de combate à dengue:

- Manter cobertos vasos, caixas d'água, barris, cisternas, pneus velhos e quaisquer recipientes que acumulem água da chuva.

- Trocar a água de vasos de plantas aquáticas com freqüência, que devem ser limpos de preferência com bucha ou escova. Plantas que não necessitam de água devem ser transferidas para vasos com terra.

- Evitar ter em casa plantas que acumulem água, como babosa, espada-de-São-Jorge, bananeiras e bromélias.

- Trocar a água dos bebedouros de animais e aves.

- Garrafas devem ser guardadas de cabeça para baixo, para evitar acúmulo de água.

- Manter limpas calhas, lajes e piscinas.

- Usar repelente e proteger em especial as pernas, já que o hábito do aedes aegypti é picar durante o dia, em geral numa altura de até 1m.

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